domingo, 28 de fevereiro de 2010

A.A.V.H.

             A A.A.V.H. é uma associação fictícia que eu e a Dina fundámos, e como qualquer associação que se preze, o seu nome aparece em formato de sigla. O formato sigla despoleta a dúvida, que rápidamente catapulta para o interesse culminado em adivinhação. 

            Vamos todos numa reflexão colectiva pensar no que será...



           Ok, já passou tempo suficiente: a A.A.V.H. é a Associação de Apoio á Vitima de Hipocrisia, era uma associação imperativa na sociedade de hoje, e de forma a colmatar a necessidade dos vitimados pela hipocrisia a associação disponibiliza um número razoável de serviços.

           Mas antes de passarmos á descrição do que consta na lista de serviços prestados, sem qualquer tipo de encargo, são serviços gratuitos, não querendo dizer com isto que não aceitemos gratificações em géneros, até para não haver complicações com as Finanças; vamos esclarecer quem são as vitimas de hipocrisia.

          O hipócrita é o sujeito que afirma ter convicções rispidas, crenças bem firmadas, e há que ter atenção ao que o suspeito de prática de hipocrisia diz, sim porque há por ai muitas mente capta que só ouve o que quer e que julga os outros deturpando o que dizem. Ora o hipócrita norma geral alega ser preto ou branco, mas quando confrontado á cerca do seu preto ou branco ele alega pertencer á grande área cinzenta.

         O hipócrita está-se pouco marimbando para convicções, ele apenas quer as que lhe tragam algum beneficio sem esforço agregado; o sujeito hipócrita por norma afirma que as sua ambições sempre foram lowprofile, como por exemplo vendedor de bíblias, quando toda a gente está careca de saber que ele queria ter sido ele a escreve-la de fio a pavio (lol).E mais há a escrever sobre o assunto mas eu só tenho um e apenas um blog.

         A vitima de hipocrisia é uma pessoa minimamente inteligente para perceber o que é o hipócrita, é uma pessoa saturada de tanta falsa moralidade, que o que quer é um mute por tempo indeterminado, verdade seja dita a paciência escasseia nos dias de hoje.

         Assim a nossa Associação dispõe de:
  • uma linha telefónica para atender ao desespero da vitima, 
  • reunião de hipócritas anónimos a decorrer ás quartas feiras, por que é aquele dia meio morto da semana em que se esgotam as razões para rir, e há que apelar ao nosso sentido de humor
  • um manual de caça ao hipócrita
  • um sensor em forma de caneta para detectar hipocritas
  • um spray anti-hipocrisia

      Sem mais me despeço na esperança de posteriores contactos á nossa associação que muito gente tem vindo a salvar deste mal social e pelos vistos contagioso.       

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Como combater o mau tempo

            Este post vai falar do que eu faço durante um fim de semana como este, em que mal se pode sair á rua, pelo vento e chuva que se fazem sentir.

           O mau tempo durante o fim de semana é o seu pior inimigo, está em guerra com ele; e só para o contrariar vai divertir-se á brava sem sair de casa. Como o tempo não está propicio para longas caminhadas ao ar livre, e disso eu sinto falta, já que o inverno está para ficar aproveite para fazer coisas agradaveis, ou não tão agradaveis em casa.

            Comece o sábado numa ida ás compras, traga o que precisa para casa, lembrem que estamos em guerra com o mau tempo, mas não precisa de trazer um infindável número de alimentos não perecíveis para casa, as típicas latas de atum, e pacotes de massa e arroz., traga o suficiente para não ter de sair de casa tão cedo. Evite os pacotes de bolachinhas, mulheres tendem a comer parvoíces quando se sentem deprimidas, e não vá o tempo vencer-lhe.
             Aproveite para limpar a casa, não passe a ferro, isso é simplesmente entediante, eu pessoalmente tenho vontade de cortar os pulsos quando sou obrigada a isso.

             Como este fim de semana "it's all about you", mime-se, faça uma máscara facial, uma máscara de cabelo, uma exfoliação à pele, e quem sabe, faça a depilação, essa actividade emocionante que nos faz torcer de dor (lol).

             Evite as revistas cor de rosa, só nos vão por deprimidas com imagens de paisagens tropicais, com gente que não se esforça para parecer bonita, têm o botox que o faz por eles; ler sim, mas aquele livro que anda para acabar há semanas.

              Recuse ver publicidade, há agora um role dela que só estupidifica a mente humana, aliás começo a ficar convencida que a publicidade é feito por gnomos com um humor distorcido, e num sarcasmo hediondo para subvalorizar o que há de mais natural em nós, produtos têm de vender. Opte por aproveita a saída matinal por trazer um ou outro filme do video club.

             Ponha o sono em dia, vá para a cama mesmo sem sono e deixe-se levar pelo conforto e o quentinho que se vai fazendo, faça ronha na cama, ignore o telemóvel e o telefone fixo (se bem que este fim de semana fiquei sem telefone, mas mesmo se não tivesse não ia atender). É que é um pouco difícil abstrair-se das misérias da vida se tiver sempre alguém a buzinar-lhe ao ouvido coisas desagradáveis.

              Espero ter ajudado de alguma forma, e mesmo que as minhas dicas não se adequem a si, lembre-se o importante é fazer só o que quer, e só por si, sem falsos pudores do tipo: "Ai meu deus que sou tão egoísta".

             

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Frases que não gostamos de ouvir (mulheres de maneira geral)

            Homens este post é para vocês, evitem estas frases, e passo a explicar o porquê:
  • "Vocês mulheres são todas iguais", não queiram dizer isso muitas vezes, se vocês pensam isso é porque não conhecem muitas mulheres, ou se conhecem não as ouviram bem a ponto de as diferenciar, só mostra a limitação da mente masculina.
  • "Não tens tralha que chegue?" nós nunca temos coisas que cheguem, e vocês não sabendo para que servem chamam-lhe de inúteis.
  • "Se tens só uma carteira para quê tantas malas?" a mulher precisa de muitas malas para condizer com os respectivos sapatos, a necessidade s«de beleza é intrínseca na mulher, ou do que a mesma considera belo, o que por vezes é discutível, admito.
  • "Porque sim" é uma resposta recorrente, pouco concreta, e esclarecedora do que vos vai na alma, nós mulheres precisamos de perceber a razão das coisas, mesmo que seja a vossa infedilidade.
  • "Não sei", novamente uma resposta recorrente, faz-nos sentir estúpidas por estar com vocês, afinal as pessoas com quem convivemos são como que parte prolongada de nós, ora se nunca sabem de nada isso entristece-nos.
  • "Hoje não posso, joga o Benfica" enquanto forem nossos namorados a prioridade somos nós.
  • "Eu depois compenso-te" bom para as que têm a sorte de serem compensadas parabéns, o homem tem memória curta, mas mesmo assim a compensação não passa de presente envenenado, visto que o prazer da compensação é dos dois, quando na realidade devia ser apenas nossa.
  • "Estou cansado" é uma desculpa que só resulta pata trolhas, os restantes estão cansados do quê, nós é que fazemos tudo.
  • "Qualquer coisa te fica bem" homens estão enganados, isto não é uma dica de engata ou uma deixa agradável, para mulheres inteligentes é sinónimo de "veste lá qualquer coisa para despachar as coisas. 
  • "Nunca estás bem" talvez porque nunca fazem nada de jeito, ou qundo fazem não é bem a altura.
  • "Estás sempre a reclamar" pois estamos, porque nunca nos ouvem

                        Acordem, e olhem para o que têm, nós somos mesmo fantásticas, e só precisamos de um pouco de atenção.

    quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

    (Passatempo)

                História que devem estar carecas de saber: joga o Benfica e lá vem mais um post do que lhe veio á cabeça, na altura o Benfica joga com uma equipa, que desconheço a nacionalidade, diz a Sporttv que se chama Hertha (um nome apropriado para algum filho de vedeta internacional, recordemos que há uma Apple, não sei se houve patrocínio envolvido mas cheira-me que sim).

                Ora o delirio de hoje tem como fundamento a revista "Maria", risos e comentários á parte, a dita existe; e no espaço que ocupo no Mundo ela prolifera como uma praga. A "Maria" surge na minha esfera pessoal sem que eu tenho controle sobre isso, desconheço como foi lá parar, e qual a razão para tal.

                A revista é difícil de catalogar, não é uma revista cor-de-rosa, nem é bem uma revista feminina, mesmo o seu alvo sendo o feminino; intriga-me a sua longevidade, facto é que desde que me conheço por gente ela já existia. Ora a dita, está nos snack-bares, nas salas de espera dos dentistas, e até em casas de chá com a dignidade que lhe é subjacente.

              A meu ver o seu interesse é duvidoso, mas como que de um cogumelo se tratasse, ela impõe-se na sua aparição inesperada, e quando dou por mim estou a desfolha-la

             Por mais que evite não consigo deixar de dar uma vista de olhos às páginas de correspondência dirigida a uma psicólogo, ou sexóloga, onde os leitores expõem as suas dúvidas, na sua maioria de teor sexual. É cómico, por vezes a roçar no ridículo; e tenho cepticismo ao considerar a veracidade de tais duvidas, creio mesmo que algumas questões são puro gozo.  Ora dúvidas há que me parecem razoáveis, mesmo aquelas sobre a localização do clitóris (se bem que para esses a solução seria: comprem um GPS, ou vão a um workshop de a Anatomia em Braille), dúvidas quanto á sexualidade são igualmente aceitáveis, mas histórias como: "rocei-me na almofada estarei grávida?". por favor...

             Não seria mais producente ler as parvas dúvidas e fazer um artigo que elucidasse as mentes mais captas?
             Nesta revista, não há coerência quando, custando 1,20€, refere produtos que não se adequam ao segmento de publico que a compram, são demasiado dispendiosos.
             Os resumos antecipados das novelas, prática que se generalizou, e mesmo eu não assistindo a tais, não tirará a magia de quem assiste?
               Quanto ás entrevistas, deparo-me frequentemente com a dificuldade de identificar os entrevistados, é que antes os famosos eram pessoas que concretizavam feitos de alguma relevância, fosse qual fosse a sua área; pois agora  agora eles (e elas) são ex-namorados de alguém famoso, os actores dos Morangos com Açúcar (só os catalogo como tal pois é tal definição que a aparece nos recibos verdes das Finanças), e as pessoas que encostam a cabecinha para aparecer na foto, ou correm atrás dos ditos paparazzi (fenómeno por explicar no nosso país, onde ainda vai havendo respeito pela privacidade alheia, e faço a ressalva, sendo o assunto vizinhos o caso muda de figura).

                 A parte que mais gosto é a das receitas, sou atipicamente portuguesa a comer, apesar de me negar aos prazeres da carne, não há pessoa que goste mais de se sentar á mesa para petiscar durante horas que eu.
                
                  Enfim, a Maria intriga-me, respeito mas tenho algumas reticencias em aceita-la nos mesmos 100 metros quadrados em torno de mim.
              

    terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

    Frases da Semana

                Na revista Domingo do jornal Correio da Manhã, e reparem que não vou fazer comentários depreciativos sobre o jornalismo que se exerce no mesmo, para já, consta (logo nas primeiras paginas) uma selecção de frases da semana de pessoas mais ou menos mediáticas, mais ou menos importantes para a existência colectiva.

                 As Frases da Semana estão para a contextualização e transparência, assim como António Costa para a coerência da mensagem do anti-preconceito aos homossexuais que o governo apela, assim vejo-me na liberdade artística de deduzir o que bem entendo. Isto da liberdade de expressão é coisa do passado, ao que se vai dizendo em conversas, mais ou menos públicas, tudo é fruto de mentes férteis, num registo que é digno de ser catalogado de arte.

                A frase mais acertada de todas vai para Manuela Moura Guedes, ao dizer: "Pareço a bruxa má do jornalismo", o primeiro reparo surge-me em forma de pergunta imperativa para o esclarecimento de minha pessoa, e penso não ser a única a aguardar resposta: "o que a senhora tem vindo a fazer é jornalismo?". Também relevante é: "Já reparou que o resultado das suas plásticas não é propriamente bom?".

               A frase mais displicente vai para José Eduardo Moniz que afirma "Portugal está doente. Já não é só a economia que está de pantanas é o país no seu conjunto". Ora a economia é parte integrante do país, para a economia ir mal é porque existiram outros indícios de outras áreas sociais que vão igualmente mal, passando pelas mentalidades. O país vai mal porque ninguém soube ao certo como o por a funcionar bem, nem saboreou tal facto, não sabemos se temos um problema contextual, estrutural ou qualquer outro chavão técnico. O país está tão de pantanas que á comunicação social não lhe é exigida imparcialidade, e a manipulação de opiniões não é crime, vejam só.

              Frase da Semana que pede qualquer rótulo como "Ai que dor de cotovelo" é de Mário Crespo, que afirma "P.S. devia afastar José Sócrates", e refiro tal porque há instituições que não abandonam membros, se é que me faço entender.

               Por entender fico ao ler declaração de José Diogo Quintela que em sua graça ou caindo em graça,  diz "A esquerda revolucionária a defender a tradição é como Elsa Raposo bater-se pelo celibato", por pura solidariedade feminina, mesmo Elsa me sendo indiferente, as mulheres são mais que cartaz sexual por mais apetecíveis que pareçam ou se façam parecer. Mesmo assim, de que esquerda revolucionária está a falar? A portuguesa? O que no nosso país é realmente revolucionário? É que nem CDS-PP.

               Há que ter mais responsabilidade do que se diz a público, é que estas pessoas são referencia de muitas pessoas, mas nem todas estão para os aturar devido á falta de coerência e de bom senso. Vá lá pensem antes de falar. Não é (só) por mim, é por todos.

               
               

    segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

    Porque não fui eu a lembra-me disto?

                Encontrei na comunidade do Blogspot um senhor, de seu nome Frank Warren (ou Warrem, não sei como se escreve) que se lembrou de fazer um blog onde publica anónimamente segredos de quem estiver interessado. O fenómeno não é de há pouco tempo, no Amazon, "postsecret: confessions on life, death, and God" é vendido por 16 libras (mais coisa, menos coisa), e é o quinto livro do mesmo autor.

               Segundo Frank, a intenção tanto do blog como dos livros, não é a satisfação da cosquice de alguns como se poderia pensar, mas sim a conectividade com as emoções alheias, e termos a noção dotempo que desperdiçamos a pensar em nós mesmos. Ele tem a noção de que cada um terá uma interpretação diferentes dos sentimentos escritos.

               É lindo, há confissões de todo o género, há mesmo um que diz "i really don't know who a penis looks like", ou mesmo "i poop at work, so my boyfriend don't know who bad it smells". Por isso vejam o blog Post Secret, e vejam os postais em título de confissão secreta que são postados diariamente.

               Em Portugal, os livros encontram-se á venda online pela wook, e os preços estão compreendidos entre os 10€ e os 23€, é verdade os livros são caros em Portugal.

    domingo, 21 de fevereiro de 2010

    Aquelas coisas chamadas homens

                Para os leitores masculinos não se ficarem a rir do post, onde falo, de maneira geral da futilidade que rodeia o mundo feminino, hoje escrevo sobre o mundo masculino, e como não poderia deixar de ser, não passa de um post breve, dada a limitação do mesmo.

                Ora o Homem tem um champô, um sabonete, um perfume, gel fixante (para, pensa ele, ficar mais bonito), e um desodorizante que teima em não usar, salvo algumas e crescentes excepções.
                Nem todos os homens se encontram no mesmo estádio de evolução, os reais homus sapiens sapiens são olhados com desconfiança pelos restantes espécimes, o que traduzido por miúdos significa gay, abichanado, ou como está em voga metrossexual. Não me querendo alongar sobre o assunto, até porque desconheço o fenómeno, a metrossexualidade é um termo que apenas se aplica ao homem, e nunca á mulher (estejam á vontade para me elucidar sobre o assunto). A mim quer-me parecer  só veio para colmatar a duvida do que seria um homem que se preocupa com a sua aparência, não sendo apelidado de gay.

              Ora a homossexualidade masculina é como uma crise histérica dos heterossexuais, que nunca tiveram relações do género e sem conhecimento de causa falam sobre o assunto com grande repúdio, chegando mesmo a procurar pessoas com sexualidade diferente da sua apenas para os insultarem (gente que não tem vida). Para me explicar melhor, ora eu não gosto de comer favas, não são bonitas como as ervilhas e o seu sabor enoja-me, salvo esta analogia gastronómica, eu não falo de favas, não penso sobre elas, não tenho por habito procurar receitas para as insultar, não faz sentido.

             Há características que a masculinidade (daquela heterossexual dita viril) não prevê, como por exemplo:
    • sensibilidade;
    • confessar que ama os seus amigos, sim há vários tipos de amor, não é só pela mãezinha deles, e a mãezinha dos filhos deles, eu amo os meus amigos, independentemente do sexo, mas sou gaja e não tenho pudor em dizer isso, para além de ser muito emotiva (penso mesmo que Deus quando estava a distribuir racionalidade eu devia estar falar com alguém distraidamente)
    • paciência, mesmo que a espera e o sacrifício envolvam sexo
    • Incapacidade de pensar em duas coisas ao mesmo tempo, e aquando disso realizar uma tarefa por mais simples que seja
    • Evitar aquela cara de parvos aquando da ejaculação (não é que eu saiba, ouvi dizer lol)
           
              O Homem só é minimamente inteligente quando se usa do machismo, ou melhor chauvinismo masculino desmedido de algumas mulheres que teimam em ser submissas, como se de um legado sexista se tratasse. Em tudo o resto o homem é burro ( e olha que há burros mais inteligentes), pensa que é ele quem manda lá em casa, esquecendo-se que nele manda a mulher (de maneira mais subtil que o típico "faz isto, faz aquilo").

    E sem mais me despeço, sem que antes ilustre a figura da comunidade masculina, apelando á reflexão da sua postura no mundo, de forma a romper com este paradigma:




                  

    quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

    (Passatempo)

                (Sim eu sei que os meus tempos mortos são quando o Benfica joga, cá em casa não se morre de tédio, mas fico um pouco desamparada quando o meu fanático de trazer por casa dá mais importância á televisão do que a mim. É que pode cair o prédio que ele não arreda pé do resultado do jogo.)

                Assim cá vou eu delirando mais um pouco, hoje vai ser sobre o mundo intrigante que é o feminino, e igualmente dispendioso. Ora á gaja (vamos tratar assim o abstracto feminino sem qualquer conotação negativa), é-lhe incutido desde sempre que ela tem de ser bela, graciosa e educada, coisas desta sociedade que vive de Máxima, Lux, Cosmopolitan, e semelhantes.

               A boa conduta da gaja passa pelo que tem no roupeiro, ela tem de ter no mínimo 5 pares de jeans, t-shirt's e camisas que lhe permitam troca por 30 dias sem que tenha de repetir a mesma peça, 6 casacos, sapatos que combinem com respectivas malas, lingerie que faça inveja ás outras gajas e sejam o delírio para os do sexo oposto, cascois, cintos, e mais alguma coisita ou outra que me esteja a esquecer. Para os leitores masculinos aqui está a justificação por que a gaja gosta de saldos.

               Toda a gaja tem no seu quarto uma coisa que a americanice chama de vanity, ora a vanity é um móvel onde a gaja guarda todo o tipo de apetrechos, que superam em quantidade o número de ornamentos da maior árvore de natal do mundo, ora nela estão brincos, colares, pins, crachás, broches, necessaires, pulseiras, coisas que nem ela sabe bem para o que servem, enfim (f)utilidades.         

              Na casa de banho, erradamente, e eu também o faço, guarda tudo o que é cosmética, higiene, e outras coisinhas mais. Para além do que é comum a todo o restante ser humano que zele pela sua higiene pessoal e olfacto alheio, a gaja tem em dobro, passo a explicar, a gaja tem dois tipos de champô, um para quando o cabelo está oleoso e outro para quando o dito se encontra mais danificado pelo excesso de produtos que lhe põe. É claro que isto também se reporta para os amaciadores (ou condicionadores como agora está na moda). A gaja tem sempre mais que um sabonete ou gel de banho, dependendo do sua preferência, um para o dia-a-dia e outro para ocasiões especiais, que traduzido por miúdos, é quando vai ter com o ser companheiro (a), temos de prever a comunidade lésbica cada vez mais desinibida (e ainda bem).

                Também na casa de banho temos cosmética, o básico para a gaja é relativo, por não chegar a se-lo na verdadeira acessão da palavra, ou seja dois batons, duas bases, uma creme primário para a maquilhagem, duas ou três paletes de sombras, todos os pinceis a que tem direito para a devida aplicação, blushes (2 ou três), um bronzer, 2 rimeis, delineadores de olhos que combinei com as sombras que aplicam,... Sim isto é o básico.

                Dita a sociedade de aparências que a gaja tem de ter uma pele hidratada, ora a gaja leva a coisa muito a peito, assim, para além de exfoliantes (corporais e faciais), ela tem de ter também um creme hidratante de noite outro de dia, dois ou três para o corpo, mais as variantes de cremes para zonas mais secas do seu corpo como cotovelos, e joelhos.

                Em comunidade, á gaja não lhe são permitidas quaisquer manifestações naturais do mais primário que é o corpo humano, a gaja não pode, como o gajo, arrotar em público, peidar-se (mas isso nem na intimidade do lar), coçar os tomates (mas também não os tem, mal menor da nossa existência), cuspir, escarrar (eu pessoalmente nem sei fazer isso), coçar alguma parte do corpo, sim nós também temos comichão no cu (sim leram bem, no cu, não palavra bonita mas é que temos).

               A gaja, perdoa o gajo por não estar apresentável, mas não perdoa a outra gaja por estar mal arranjada, faz mesmo disso tema de conversa (que perda de tempo). E para essas gajas é isto que recomendo:






             

    quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

    O ano em que eu nasci

         
    • o P.S. ganhou as legislativas com 36,11%, e sim isso deve ter influenciado de algum modo a forma de ver a politica, nos tempos conturbados que vivemos, arrisco-me a dizer, sim eu sou socialista não simpatizante do senhor que ocupou o cargo de primeiro ministro. Vá para os sociais democratas não ficarem chateados, foi o ano em que o Balsemão foi afastado do P.S.D.
    • Foi no ano em que a primeira mulher foi ao espaço, daí a minha veia feminista
    • A Compaq lança o primeiro micro computador, não vejo qualquer tipo de associação á minha pessoa, já que, e apesar de ter um blog, o que me obriga a usar o dito, tenho um pouco de aversão a computadores e eles por mim. Eu já queimei um Silicon Valley, peça do meu amor de perdição por ser mencionado num filme do 007 (A view to a kill de 1985)
    • Ayrton Senna ganhou a Formula 3 na Inglaterra, detesto desportos motorizados, aliás nem os considero um desporto de verdade.
    • Salvador Dali conclui a sua ultima obra The Swallow's Tail, será daí que tenho uma certa dificuldade em terminar coisas?
    • Morreu  Joan Miró, o homem que fez a idiotice de assinar um vulgar urinol e ganhou dinheiro com isso. o meu ídolo, é idiota e ainda lhe pagam por isso.
    • Bonnie Tyler grava Total Eclipse of the heart, tinha de haver um motivo para eu ser foleira, já para não falar de Irene Cara que canta Fame, para o genérico da série com o mesmo nome. 
    • Estreia em televisão The A-Team. (lol)
    • Herman concorre ao Festival RTP da canção com a música A Cor do Teu Bâton, mas é Armando Gama que vai á Eurovisão com a música Esta Balada que te dou. A Eurovisão faz parte das referencias do nosso passado, isso e os Jogos Sem Fronteiras.
    •  Foi a 55º gala dos Óscares, onde o filme Gandhi foi o grande vencedor. Tenho de ver!
    • Foi no ano em que eu nasci que também nasceu Amy Winehouse, Daniela Ruah, Mika (lol), Michelle Branch (cantora country), entre milhares de outros.

    segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

    Carnaval

                Mais uma festividade, mais um motivo para não trabalhar ou trabalhar a meio gás, mais um motivo para gastar dinheiro... Não gosto do Carnaval, para além das muito faladas brasileirices, que serve  m de fundamento para o ódio partilhado por alguns, do ridiculamente frescas que sao as vestimentas que as nossas crianças usam e mesmo alguns de nós... Bem se houvesse um Grinche do Carnaval seria eu, melhor o Grinche está para o Natal como eu para o Carnaval.
              Mas passo a revelar o por quê do meu ódio de estimação: nos primórdios da minha (ainda curta) existência, tive um tio meu que por piada me assustou bastante nesta quadra festiva com uma máscara de lobisomem, eu chorei de medo, só chorei não fiz nada de menos próprio. O trauma foi tão grande que até hoje nunca mais me mascarei.
              As pessoas no Carnaval  fazem coisas despropositadas, dão-se a actos pouco compreensíveis, agarram-se de maneiras esquisitas, grunhem, bebem demais, simplesmente HORRÍVEL!!! A minha rica mãezinha alinha nesta festividade entusiasticamente, mas num entusiasmo digno de criança que veste pela primeira vez o seu fato carnavalesco. E a par dela hás uma infinidade de pessoas que o celebram não só na data mas no ano inteiro, vejam o Alberto João Jardim a falar de assertividade politica em relação ao Sócrates, aquilo sim uma boa piada de Carnaval.
              Na sexta-feira passada houve um desfile de crianças do infantário e o animo não era muito, e o Mário só queria dormir, foi um cenário divertido, só para mim, a ouvir a música do país irmão com o tempo de um país nórdico, com um namorado a pagejar com um individuo do país vizinho. A Globalização numa manhã de sexta-feira.
             Este ano estou a tentar reconciliar-me com o Carnaval vou apenas pintar a cara de prateado e fazer os símbolos dos naipes de cartas. As fotos serão postas num post posterior.


    P.S.- A lembrar que o meu relacionamento de 4 anos com o meu fofinho vai bem de saúde e que o post anterior não passou de uma brincadeira.

    domingo, 14 de fevereiro de 2010

    Carta de desamor

                 Querido ex-namorado escroque,  
    venho por este meio reivindicar o meu tempo perdido contigo, anos a tratar das tuas coisas com se minhas fossem. Muita roupa posta a lavar, cuidado com os prazos de tua competência, relo pelos teus níveis de colesterol, ouvir as tuas frustrações, partilha do meu espaço. Se há expressão que te assenta como uma luva, é o que os americanos usam: "you don't have boyfriend material".
    Sempre esperei que o bom senso batesse á porta e visses que o que fazes comigo é um abuso da minha confiança, e um atentado á minha paciência e inteligência, que confesso ter andado um pouco á deriva. A tua má educação envergonha-me, a tua maneira de estar repulsa-me, a tua falta de cultura desperta uma tristeza com a raça humana que nem imaginas.
    Sinto-me desmoralizada comigo mesma com o meu fraco discernimento a escolher namorados. Mas nem tudo foi mau, agora que vejo o propósito de entrares na minha vida, sim foi bom ter um objecto sexual, vibradores são frios, os dildos passivos. Chega a ser impressionante a tua inutilidade em todas as outras áreas, não sabes cozinhar, não és romântico, chegas a ser arrogante no meio da tua ignorância, falta-te iniciativa para tudo. 
    Assim espero que percebas que o inevitável aconteceu, ruptura de laços afectivos e principalmente materiais, devolve-me as minhas coisas.
    Diz-me alguma vez te passou pela cabeça que isto era para durar?
    A minha auto-estima leva-me a ver que mereço melhor, sem que isso me faça cair no cliché ridículo a que tal está associado. E já há dois ou três em vista para te substituir, e não penses que vou cair no mesmo erro.
    Sem mais adeus e fica bem.

    14 de Fevereiro de 2010

    p.s.- já andaste com a testa enfeitada, seu machão nortenho.


    sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

    quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

    Anúncio

                 Neste Dia de São Valentim vai ser publicada uma carta de desamor ao meu namorado, nada do que escreverei corresponderá á realidade, como se de uma lavagem de roupa suja se tratasse.
    É mais uma vingança pessoal a esta festividade pop-culture que só sabemos que temos de comprar coisas e actuar romanticamente com o nosso par, por todos os dias dos namorados que passei sozinha a assistir á felicidade dos outros.

    segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

    (Passatempo)

    (É verdade, a história repete, entediada pela transmissão do Ídolos, e pelo entusiasmo dos meus pais a assistir, continuei a especular sobre os "preconceitos" ou qualquer coisa que se assemelhe a isso).


                Para os mais atentos ao espólio cultural que o mundo ocidental nos deixa enquanto legado (factos que nem sempre nos orgulhamos) a novidade é pouca, já para não dizer nenhuma.
                Já algum neonazi nacional leu a Mein Kampf? Eles têm a noção do que a teoria hitleriana destinava aos latinos (eles sabem que somos latinos, certo?) ?Eu digo: escravizar-nos, assim como qualquer individuo negro. Então potenciais nazis anacrónicos ainda desejam ser arianos?

                Não passam de anormais sem respeito por nada nem ninguém, que a sociedade deve ar espaço para que se manifestem com algum á-vontade, para poder ver até onde vão os seus delírios, e reprimir quando a sua loucura for longe de mais. Que tipo de gente é esta?

               Há uns anos lembro-me de miúdos de pouca idade (note-se que poderia dizer tenra, mas não há nada de tenro nesta gente selvagem) terem espancado um individuo no Porto pelo mesmo ser travesti; e mesmo em Londres, um caso que ficou mundialmente conhecido, de Sophie Lancaster que fora brutalmente espancada, deixando-a em coma, acabando por morrer por ser gótica. Não há vergonha neles em tais actos? Não vergonha em nós por serem de alguma maneira nossos?
    Mas deixemos-nos de acontecimentos tão brutais...

                Em tempos, quando ansiosamente pesquisava sobre tudo o que seria vegano, rumo a uma vida isenta de sacrifício animal para a minha vivência precariamnete terrestre, num site (que não divulgo por não ter pedido autorização a tal entidade para o referir) estava postado um artigo que divagava sobre o amor vegano. Isto do amor vegano consistia na união amorosa de pessoas que partilhava da mesma convicção, dado que o contacto com os restantes (devoradores de carne) seria como o contacto com proteína animal.

                Ora uma orientação que se intitula de espiritualmente superior, com uma consciência á frente do seu tempo, e que não prevê o amor pelo ser diferente, ao qual não lhe incomoda a morte de vidas animais para a sua alimentação., é algo incoerente. A minha opção de comer vegetais, não tem de ser reportada para os que me rodeiam, já tentei alertar outros para o consumo de produtos testados em animais, e nem isso consegui suscitar algum interesse naquilo que lhes dizia. As pessoas simplesmente não querem saber, são desconfiadas, estúpidas e arrogantes ao ponto de chegar a dizer: " Antes em animais do que em mim". (Digo isto com muita convicção, penso que pessoas que ignoram até o que a ciência decretou como pouco eficaz, e ineficiente, são simplesmente estúpidas)

                O meu Gigantone come carne, aliás são poucos alimentos que come para além de tal, confesso que há dias que me incomoda um pouco, mas ele também me vê a comer legumes recorrentemente e nada diz, a menos que o cheiro lhe cause algum transtorno. É claro que já tivemos uma discussão ou outra sobre os nossos princípios éticos mas daí a deixa-lo por que ele come carne (seria limitador).

    (Bem foi isto que se ecreveu no pequeno ideasonpaper e por aqui fico)

    domingo, 7 de fevereiro de 2010

    (Passatempo)

    Este post foi escrito durante o jogo do vitória de Setúbal-Benfica que decorreu no sábado, e como não gosto de futebol puxei do ideasonpaper e comecei a escrever, não foi o Cardozo e o seu falhanço que me entusiasmaram. 

              Hoje estamos no bar da associação académica da UC, e ao olhar á minha volta deparo-me com a diversidade de tribos urbanas que povoam o pequeno espaço para tal diversidade.
    O preconceito, como é tão humano, não me passa ao lado, não que tenha problemas raciais, sexistas, ou de qualquer outro tipo, o meu limite da tolerância acaba nas pessoas preconceituosas.

    Vivo o preconceito contra os preconceituosos.

              O preconceito educa-nos, faz-nos distinguir o bom do mal, limita a nossa visão a cores, faz-nos ver a preto e branco, abandonando a área intermédia do colorido. E como viverão pessoas com preconceitos crassos? Imagino como será a educação que um skinhead, ou um apoiante fervoroso do PNR, ou mesmo um homem comum que considere que a posição social da mulher se limite a casar e servi-lo (anacrónico, não?)
             A vida deste tipo de gente que vive no extremo da discriminação/ segregação ficou influenciada com a era da internet, assim como os restantes mortais, e desta coisa gira mas já gasta que é a globalização. Se por um lado conseguem encontrar e confraternizar com os seus pares, por outro os seus rebentos são mais facilmente desviados da orientação paternal de um modus vivendi duvidoso. A ver que há desenhos animados, programas, publicidade institucional, campanhas em prol da aceitação da diferença.
             Já imaginaram o trauma de um PNRiano ao ir buscar o filho aio infantário e deparar-se com o dito a falar com um cabo verdiano, que tipo de repreensão lhe dará?
    "Hoje não brincas com os Legos, sempre disse que eram uma má influencia para ti, a tua mãe!!!!": "O Obama vem te comer", "Durante uma semana vais ler a Mein Kampf para te lembrares o que somos"
              A existência de neo-nazis nacionais sempre me intrigou.
    (continue)