domingo, 28 de março de 2010

Produtos que conheço desde sempre

             Ainda havia o tradicional Óleo de Amêndoas Doces mas esse para postar não tenha fotos do meu agrado. Penso que todo o português que se preze já teve qualquer um destes produtos em casa, numa altura em que tudo isto era muito bom.
             Vicissitudes do Marketing o Creme em lata da Nivea é insuficiente para as crescentes necessidades do quotidiano, tudo tem de ser soft, fresh, revigorant, uma treta a trás da outra, a pasta de dentes Couto também não corresponde ao que é esperado. E o que é esperado numa pasta de dentes??? Bolinhas na pasta, cores a sair do tubo, gente gira na publicidade, sabor a menta; e a comida do McDonald's também não é bem comida igual á que se comia há 20 anos atrás, pelo menos em Portugal.
           O Musgo Real já a minha avó usava, e continua a usar, e eu sempre usei; com uma ou outra pausa para o consumo de gel da banho, que é caro, desaparece num instante e tem cheiro enjoativo, é um dos produtos de eleição.
          Agua de Rosas é natural, faz o mesmo trabalho que qualquer desmaquilhante, mas insistimos em comprar produtos em farmácias caros como um raio, que ainda pressupõem comprar tónicos faciais, igualmente caros. Descompliquem. Keep it  simple


quinta-feira, 25 de março de 2010

Frases sem nexo

     Já se aperceberam que há um sem fim de frases a que de modo geral todos recorremos, ou ouvimos. É minha crença, daquelas crenças que fazemos bandeira, estandarte se quiserem chamar, que o são para pessoas que não querem pensar.
  •        "Oh valha-me Deus", já dizia Marx que Deus é o ópio do povo; e explicado assim até faz mais sentido, como o mundo anda "Oh valha-me a droga" , e agora nem isso, com a quantidade de antrax que vem misturada com substâncias ilícitas reportadas nos últimos tempos, dá que pensar, que nem nos vale a droga, é que uma pessoa já nem no seu dealer pode confiar, onde o mundo vai parar??
  •        "Para mim basta-me um Amor e uma cabana", com o avançar da crise tem mesmo de bastar, mas se pensarmos na quantidade de mulheres que se divorciam alegando que ele não trabalha, ganho mais dinheiro do que ele, ele não quer fazer nenhum, a coisa toca de outra maneira. Já o reverso, homem em relação á mulher não acontece, por que Deus quer que á mulher seja mais perdoável ela não fazer nenhum desde que trate da casa, da roupinha do marido e dos filhos.
  •       "É o país que temos" cliché parvo, o país que temos é o reflexo do que somos, o país somos nós.
  •       "A culpa é do Sócrates" bem esta frase banalizou-se na imprensa, mas a sua banalização é possível porque mais uma vez ninguém se importa de medir factos, ver o que realmente tem uma relação causa-efeito. E como já estou farta destas histórias contra o primeiro-ministro vou fazer uma filmagem de perfil a falar bem do senhor, pode ser que cole, já que na TVI passava uma gravação, a pretexto do caso Freeport um desconhecido de perfil a difamar o PM.
  •        "Podia ter sido pior" Podia ter ficado paraplégico, mas não só amputou uma perna. Podia ter ficado sem testículos, mas ficou só estéril. Podia ter morrido na miséria, mas estava num lar. Podia ser ladrão mas é só paneleiro. A teoria do "Podia ser pior" é como uma subteoria do "Se..." E com tanto "Podia ser pior" e com tantas premissas tão descabidas já não sei se é uma visão optimista ou pessimista das coisas, por enquanto penso que seja apenas parva.
  •         "Teve muita sorte" este frase faz-se acompanhar da anterior. Tenho vontade de me rir ao visualizar alguém numa cama de hospital todo partido com gesso até aos olhos, do género múmia e aparecer alguém a dizer "Teve muita sorte podia ter morrido".
  •         "'ta um Sol que não se pode" ou " Ai que nunca mais chega o Inverno"  a medida do que define o que é o bom tempo fascina-me pelo desconhecimento, o que é o bom tempo, é que se está sol, ninguém trabalha alegando o "abafamento" (lol), e se chove está frio, e o cinzento é muito deprimente.
Pensem antes de abrir a boca, só vos fica bem.

sábado, 20 de março de 2010

Aos Avós

            A razão porque avós e netos se dão tão bem, é simples: eles têm um inimigo em comum, a geração intermédia entre eles, filhos ou pais dependendo da perspectiva. Que tem ou teve avós sabe do que estou a falar, houve sempre aquele desabafo enquanto pais de que a educação que deram aos seus filhos foi um fracasso (penso que isso é recorrente numa altura qualquer da vida de qualquer pai, em reconhecer a sua educação dada ao filho como errada), e os filhos a queixaram-se dos pais.
            A função dos avós é a mais simples de todas, eles amam os netos, e só; eles não estão preocupados com a educação que eles têm, desde que não os envergonhem em publico, eles não têm preocupações de maior com as notas na escola, desde que aí não façam má figura.
           Os avós são cúmplices, amigos, grandes compinchas, eles não estão importados se fazem figuras na rua desde que vejam que estás feliz.
           Os meus avós enchem-me de orgulho, a minha avó apesar de todas as complicações médicas ainda está com um sentido de humor invejável, e o meu avô lá anda por casa a fazer o que muitos (e mais novos) homens não quer fazer: tratar da casa.
          Durante muitos Verões, especialmente no mês de Agosto, eu estava em casa dos meus avós paternos, e pensava como era feliz por passar um mês inteiro com quem alinhasse nos meus delírios, desde fazer 3 bolos num dia, a fazer roupa para bonecas, executar tudo o que era experiência que passasse na televisão; hoje sei que sim era feliz.

               Aos meus avós eu quero dizer Obrigado, muito muito obrigado


quinta-feira, 18 de março de 2010

A educação

             Ora como prometido, cá vamos nós divagar sobre a educação desta geração infante que nos precede, e não, ainda não é hoje que vou falar mal da "Geração Morangos com Açúcar", que tantos pesadelos me dá.

         Já repararam que agora não há miúdos mal-educados? Eles agora têm uma personalidade forte ou vincada.
         E irrequietos, conhecem algum? Claro que não, eles agora são hiperactivos.


           É verdade termo "mal-educado" é coisa de tempos idos, ou isso ou de pobre, digo em tom de brincadeira é certo, mas ricos mal-educados também não os há, já repararam, eles são mais irreverentes ou rebeldes sem causa,lol.
            Bem, e não esquecendo o tema de hoje, o termo foi substituído por "personalidade" , se a criança faz comentários inconvenientes, actos despropositados, já não tem a mesma denominação, recorre-se a termos pseudo-psicológicos, arranjam-se relações causa-efeito de uma análise de ser trazer por casa ou mesmo nas conversas de café.
           Outra denominação que é recorrente nos pais para se desculparem da falta de acompanhamento aos filhos, é a "hiperactividade". Não se aperceberam ainda do boom de crianças hiperactivas que anda por aí? Eu tenho conhecimento de um monte delas, são por norma, descendência de uma gente mais ou menos formada, que os seus filhos têm de ter pelo menos um ou outro problema, desses novos que até fazem os problemas parecerem giros, como por exemplo défice de atenção. 
          Atenção: não estou de maneira nenhuma a desvalorizar a Psicologia, os paizinhos é que a banalizaram melhor do que eu até á data, educar é diferente de criar; criar, criam-se porcos, educar dá trabalho, e á desistência não se pode apelar a uma ciência qualquer para justificar o ter-se ficado pela rama da educação.
          As criancinhas de hoje não podem provar o sabor, mesmo que ao de leve, da frustração, e por isso há que se comprar tudo o que a criança pede; da tristeza, da decepção,... Lembro que aqui há uns meses, em Seia, na fila de um supermercado ter ficado chocado por uma menina de 8 ou 9 anos ter batido ao (pensei ser) avô, e mais chocada fiquei que depois do avô fazer o que lhe era devido, ou seja, bater de volta, a avó ter dado colinho á menina, não fosse ela chorar.
          Que tipo de geração estamos a formar??? Ou a permitir que se forme???
          Os pais têm de ser pais, e não amigos; e os miúdos precisam de regras

A culpa não é da televisão, da escola, da internet, é da negligencia dos  pais que não acompanham os filhos, que não sabem dizer-lhes "não", até porque isso dá uma dor de cabeça desgraçada.




terça-feira, 16 de março de 2010

???

Esta publicidade foi banida de passar na televisão num país, ADIVINHEM QUAL???
                                                      BRASIL... Vamos lá perceber o porquê 


                Não perceberam? Eu também não.

sábado, 13 de março de 2010

O que me incomodou esta semana

             Esta semana que passou, fomos invadidos pela noticia de uma criança de 11/ 12 anos que se suicidou após ter sido, continuadamente, vitima de bullying na escola que frequentava. Não tenho qualquer tipo de pretensão de apontar dedo, de forma a responsabilizar, seja quem for. 
             O bullying, como lhe chamam, é uma prática continuada de violência física e psicológica, exercida pelo bully, ou melhor o rufia, sobre os seus colegas mais franzinos, com pouca capacidade ou mesmo nenhuma de se defenderem. 
            É um tema que nos tem vindo a preocupar, mesmo a nível europeu, e que felizmente não é prática recorrente em Portugal, em que o número se afasta da média europeia. É o primeiro caso em que uma criança se suicida, ou que se tenha conhecimento de tal, mas outros casos houveram, também dignos de noticia, como o de uma rapariga que chegou a ser hospitalizada por tais actos.
          Assusta pensar que as nossas crianças estão envolvidas no bullying, todos, sem excepção estão de algum modo envolvidos, haverá os que são agressores, os agredidos, e os que têm conhecimento e se calam (muitas vezes por não querem transformar-se em agredidos). O bullying é alimentado pelo medo, pelo silêncio, pela passividade.
          A minha sociologia de bolso, questiona todos os aspectos do acto, vejamos:
  • A que tipo de família pertencia o rapaz? Teve conhecimento do que se passava com o filho? O que fez para que tal situação finda-se? A realidade é que por vezes adultos são negligentes com as ditas "brincadeiras" de crianças, pensando que as mesmas as fortalecerão para situações futuras numa fase posterior da sua vida adulta. A predisposição que as pessoas têm para os seus filhos nem sempre é a mais propensa a diálogos quotidianos, e também acontece muitas vezes a tal subvalorização do assunto, "Tenho coisas mais importantes em que pensar".
  • No que toca a escola; teve conhecimento? O que fez para colmatar situações como esta? Decretou alguma politica de vigilância ? Os seus funcionários alguma credibilidade lhe deram? "São só crianças"
  • Coleguinhas de escola: Que tipo de educação têm? Ver um colega agredido diáriamente, e não dizer nada!!! "Antes ele que eu".
  • Agressores, e mais importante do que são hoje, o que vão ser daqui a 10 anos? Pessoas sem escrúpulos (já há gente que chegue desse tipo). 
          A "saúde mental" da continuidade da nossa sociedade fica comprometida, parece-me. O que será antes o reflexo do que somos? É de pensar se é causa ou consequência da nossa responsabilidade, ou falta dela. Porque "nosso" é sempre, não podemos só nos orgulharmos dos nossos, entristecermonos pelos nossos, tem compaixão por eles, temos que nos afirmar por eles, defende-los quando a coisa corre mal.
          O bullying alimenta-se do silêncio, da desunião, do desinteresse, da teoria do "deixa andar". A culpa é nossa.

            


sexta-feira, 12 de março de 2010

Urbano-Depressivo: Esteriótipo

            Mais  uma espécie em análise, desta vez o Urbano-Depressivo, que já se avista como em outros tempos em que o grunge andava em voga, grunge que para os amigos também se podiam chamar "os fodidos da vida", eles estavam, e o que ainda resistem, estão sempre chateados com alguma coisa.

           As chatices dos Urbano-Depressivos, não abarcam questões económicas, nem politicas; são muito resolvidos em relação a isso, são comunistas e ponto; também não fazem muitas contas á vida, vêem de uma família com o mínimo poder económico que lhe assegure uma existência confortável entre o CCB, museus, teatro, e muitas idas á Fnac. Ora estes vivem saltando de questão existencial para questão existencial, por vezes da sua própria pessoa, ou também as dos outros, como Nietzsche, Engles, Marx, Buber, Sartre, enfim.

         Quando confrontado com formulários, no campo destinado á ocupação, o Urbano- Depressivo sente-se tentado a escreve: OCUPAÇÃO: PENSAR ; ora essa é a única ocupação que conhece, sem se aperceber que isso de ser filósofo já  não dá dinheiro há muito.

        O Urbano- Depressivo não se entusiasma com quase nada, considera tudo uma futilidade, e pouco são os sentimentos que não considera premisquos, ou frívolos; o seu herói nacional é o Fernando Pessoa, e vivem trabalhos artísticos pautando entre o cubismo e o surrealismo, despregando a cultura popular e tudo o que seja alegre. Ouvem tudo o que as massas não ouvem. O seu gosto artístico e de facto refinado, mas fica ridículo a bandeira que fazem dele.

        Socialmente o Urbano- Depressivo é um desintegrado, ele é aborrecido, tem pouco sentido de humor, e para colmatar tal facto despreza os de mais presentes que partilham o mesmo espaço que ele, a fim de fazer frente á sua solidão. Aliás isto da desintegração já vem desde pequeno, ele já tinha em pequeno uma doença qualquer, dessas que agora a maioria dos miúdos tem, défice de atenção, e nessa linha; era basicamente um totó, á margem das brincadeiras apropriadas á idade, e havia que alimenta-se a esperança de que ele talvez fosse adulto demais para a idade.
        Gosta de ler em público, como se em público condições houvessem para tal acto, e fumam desalmadamente. 

         Serem apelidados de alternativos enche-os de orgulho.
         A sua cidade de eleição Budapeste, pela sobriedade da mesma.
         Perfume de eleição, não tem, não usa, é uma coisa de gente pop.

         Citação mais recorrente: " o Homem está condenado a ser livre"
(patético o conceito de liberdade desta espécie)
        

        

       

quarta-feira, 10 de março de 2010

Tristeza

            Há um monstro que, depois de muitas tentativas, conseguiu o que queria. Monstro traiçoeiro este que andava a fintar há já algum  tempo, exorcizando possíveis indícios da sua presença. Covarde, como a maioria dos monstros que nos oprimem, a única maneira de alcançar foi seguir-me e sem que desse conta apanhar-me desprevenida.

           Não me larga, é como se estivesse sobre os meus ombros e põe-me cabisbaixa, e pouco consigo ver para além do meu umbigo; e das poucas vezes que me ergo é para ver os outros monstros, porque o meu só para tal me orienta.

            O meu monstro é sádico, ele gosta de me fazer chorar, se não choro por ele, choro só pelo acto de chorar; ele não me deixa pensar direito, tira-me a motivação, a paciência, a alegria, tira o meu eu de mim, como se restasse apenas a matéria sem a essência.

            Ele sabe que há pessoas que dependem de mim para seu bem estar, mas pouco importado está com isso, alimentando-se da minha cedência, ele vai crescendo, tornando-se mais pesado, mais forte, mais cruel, sem limite para parar. Começo a pensar que o meu monstro já faz parte de mim, e assusta-me por que de mim quero-o tirar, com ele vivo convencida de que mais ninguém preciso, e conformo-me ao que ele me dá por mais que o queira afastar.

            Fica incontrolável a situação, entre cigarros e cafés desmedidamente tomados, a passividade como se uma coisinha amorfa fosse, a melancia em mim faz-me cambalear em sensações deprimentes.
            NADA ME ANIMA.

terça-feira, 9 de março de 2010

Esclarecimento/ Justificação

            Faz hoje exactamente uma semana que não há post que se apresente por estas bandas, por norma os posts são realizados em número significativo, a apresentar durante a semana posterior, calendarizados para futura apresentação.
            Com a frontalidade que me é característica, confesso que não tive vontade, paciência alguma para escrever seja o que fosse, o gato da minha mãe morreu (não é uma saída em tom de gozo, é verdade, e relevante á nossa existência, somos assim), a minha avó está hospitalizada já vai fazer algum tempo sem que notícias do seu estado clínico nos esclareçam (vamos ter fé e pensar que nos desencontramos do médico que a segue), emocionalmente a vida corre mal.
            Hoje, o presente post, vem concluir a tarefa concretizada de organização do blog, dedicando um par de horitas para reler posts mais antigos, posts que não cheguei a publicar, guardados nos rascunhos, organizar ideias, "cenas" (lol)
            Sim eu apaguei posts que continham opiniões vincadas de assuntos polémicos, e afasto-me dessa orientação polémica que dá audiências (lol), guardando as mesmas ideias para mim e para conversas de café, não invalidando ter guardado uma ou outra ideia, observação em tom mais ligeiro para usar mais á frente.
           A "organização" de hoje também passou por reler anteriores posts para cumprir promessas feitas, não olvidando que as fotos do Carnaval não existem visto que ainda não foi este ano que me reconciliei com esta festividade, eu tinha boas intenções mas elas caíram por terra. Assim falarei sobre educação (não a que exigimos ao estado, mas aquela que é exclusividade dos paizinhos), entre outros temas prometidos.
         Depois de ler todos os posts, penso não voltar a publicar coisas do género Herman e os demais ou The Simpson's por achar estranho, a roçar no lamechas (sem o ser), parecem sem um propósito definido, falo dos meus ícones de adoração pop culture... Ei!!! É o meu blog, faço o que quero, mas realidade é que não vou voltar a fazer, talvez faça um post genérico para a coisa ficar resolvida.
        E sim vou fazer alguma coisa relativo ao Dia Internacional da Mulher, nem que seja um link que remeta para uma página da Web que esclareça o que é de facto, para além da histeria que a maioria das mulher faz neste dia, ridículas... Bem o melhor é ser qualquer coisa fora da minha opinião da bandeira de "loucas" que as ditas fazem neste dia.