Descartes
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Se eu não fosse parva queria dizer coisas destas
"O bom senso é a coisa mais bem distribuida do mundo: porque, cada um pensa estar tão bem provido do mesmo que até os mais difíceis de contentar com outros bens quaisquer, não têm costume de desejar mais senso do que aquele que já possuem."
sábado, 25 de setembro de 2010
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
terça-feira, 21 de setembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
as minhas citações
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- "...agora não dá muito jeito morrer, porque eu comprei um creme novo na Sephora, não bem um creme é uma manteiga corporal não testada em animais" Jovem se tens tendências suicidas, não tens claramente um bom creme pelo qual te agarres à vida
- "sexo é o novo preto, vai bem com tudo"... mas adaptado também pode ser: "sexo é com o preto, dá bem em tudo" (quem é amiga? quem é, Dina?)
- "sim, de facto, isso às vezes acontece" minha, só minha!!!
- "se a droga te atrapalha os estudos, estabelece prioridades, e investe numa coisa com futuro, investe na droga", o desemprego é f*****
- "vivo para comer, jamais comer para viver" Gula é a minha qualidade
- "se acreditares, quem sou eu para dizer o contrário" sempre muito apropriada no que toca ao meu lugar na vida dos outros
- "cada um deve optar pela razão que quer morrer" no seguimento de " se o microondas é cancerígeno o tabaco é muito mais e tu fumas
- " a minha criança interior rebola de tanto rir"
- " o problema não é o facto de eu ser gozona, o que é mentira, os outros é que apelam ao meu sentido de humor"
- "naaaaaaah, é simplesmente parvo!"
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
sábado, 11 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Cantanhede
"Querem ver como se desfaz uma lenda sobre a origem de um topónimo? Pois diz o povo que havia uma moura chamada Nhede que costumava cantar à noite. Voz maviosíssima, uma noite passou-lhe pela janela um homem que não se conformava que ela se calasse sequer um breve instante e suplicava:
- Canta, Nhede! Canta, Nhede!
Mas acontece que Cantanhede veio do latim Cantinieti (villa), isto é "(quinta) da canteira ou (pedreira) de cantaria". Cantonietum é um substantivo colectivo, tirado de cantonius e este de cantus "pedras". Em 1807, Cantonied e Cantoniede! É assim...
Mas a freguesia de Ançã foi o espaço geográfico, a que foi confinado pelo rei D. Pedro II o Marquês de Cascais. E ali passou os seus últimos dias. Ora conta a lenda que o marquês, habituado à boémia da capital, onde também tinha todos os seus negócios, resolveu arranjar um expediente que lhe permitisse desobedecer- e não desobedecer- à ordem real de não abandonar a terra de Ançã. E, assim, mandou cobrir o chão da sua carruagem com a referida terra, levando mais uns sacos dela, que espalhou por todo o seu palácio.
Sabedor que o marquês se encontrava em Lisboa, o próprio rei foi-lhe pedir contas de desobediência, mas o fidalgo respondeu-lhe:
-Desde o meu desterro não deixei de calcar e pôr o pé na terra do degredo, na terra de Ançã.
Pois na porta principal da capela de S. Bento, nesta mesma Ançã, há uma inscrição cujos dizeres dizem, mais ou menos, o seguinte: Esta Santa Casa se fez de esmola no ano de 1599, no qual havendo a peste gerla em todo o reino durou por muito tempo e nesta vila por interferência do gloriosos S. Bento não durou mais que vinte anos. Na verdade, a grande epidemia pestífera do século XVI devastou toda a Zona Centro. Porém, aos primeiros sinais, o povo de Ança rezou a S. Bento, que o protegeu!
Pois em Ançã se festejam devotadamente os aniversários do seu padroeiro. E as cerimónias tinham tal demora que os padres levavam sempre a merenda de pão e queijo não só para o seu sustento como para as crianças que esfomeadas, assistiam. Ao longo dos tempos, tornou-se uso da festa beneditina a distribuição de pão e queijo no final dos actos litúrgicos.
E o curioso é que este pão e queijo passou a assumir a importância de relíquia, pois muitos fies não o comem, antes o levam para suas casas, onde dizem se conserva anos sem apanhar bolor. E ainda hoje, os irmãos de S. Bento, após o pagamento das suas quotas e, eventualmente, de promessas, levam para casas as já célebres reliquias de pão e queijo. Também na Mézinha de S. Sebastião, Couto de Dornelas, em Boticas, se guarda pão com a mesma crença de não criar bolor e proteger."
In "Lendas de Portugal" de Viale Moutinho, Diário de Notícias (ano 2010)
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Uma tótó das letras
Falar bem é dever e direito de todos!!! Quando uma pessoa nos corrige, fonética ou semanticamente ou mesmo de algum aspecto do domínio da nossa língua, devemos agradecer, e não ficar importunados com suposta intromissão.
Amo a minha língua mãe, pela sua complexidade; não tenho qualquer pretensão em ser catedrática em Letras ou Literatura, sou o que muitos são para a economia, ou mesmo para o futebol, treinadores ou economistas de bancada. E a culpa foi do meu pai, sempre zelou para que lesse, e que descobrisse um novo vocábulo, incentivava-me para que fosse ao dicionário.
Quando era mais nova (mais nova ainda) tinha um caderno de formato A5 que recortei de três em três linhas na borda de cada folha, de modo a fazer o meu próprio dicionário. A ideia foi do meu pai, a primeira folha tinha A, B e C; e as precedentes eram de igual modo agrupadas de três em três letras. O meu dicionário customizado foi enriquecendo em tamanho e complexidade. Agora tenho em dois volumes o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciência de Lisboa, que albergo na estante perto do meu quarto, ainda mantendo a caixinha de cartão em que vinha envolta, e a folha que separa os dois volumes.
O fascínio que tenho pela Língua, faz-me ser apelidada de "Tem a mania que é professora", mas tem o seu lado positivo, fez-me mais selectiva no que leio, não que seja uma aficionada da leitura mas de algum modo sinérgico de ocupar o meu tempo lendo o que é indispensável e útil. Claro que cometo as minhas gafes de vez em quando.... Conformo-me, desculpando a minha falta de conhecimento ao não abarcar no "meu pequeno dicionário" com o vocábulo prodigalizar que significa dar ou distribuir alguma coisa em abundância, dar com confusão, ser pródigo em alguma coisa, expor ou expor-se correndo risco... não é complexo?
Há palavras, que conheço que não têm alguma aplicação prática no meu quotidiano, vejamos Tagarino para ser sincera não me recordo em que contexto a vislumbrei, mas calculo que tenha sido num romance histórico ( tanto leio o "Nem ao Bispo me confesso" como vejo o "007"). Ora Tagarino é um mouro nascido em Espanha no meio de cristãos que por sua vez fala correctamente castelhano... entre outros significados (como não poderia deixar de ser), quem é que à primeira ia supor tal coisa?
Agora todos sabemos falar Inglês, arranhamos o Portuguenhol, falamos russo e andamos a aprender mandarim para fim profissionais, mas a nossa língua? Sabemos o suficiente dela?
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