terça-feira, 13 de novembro de 2012

A crise dá-nos cabo dos príncipios

       Em tempos tive um professor chileno, René Tapia se não me falhar a memória, que nos documentou um período conturbado no seu país de origem algures entre 1967 ou 1968 (juro que estava atenta à aula) e nos confessou uma situação que tinha mexido com os seus princípios  tinha uma colega e amiga que se prostituía por não ter dinheiro para dar de comer ao filho de 3 anos, e ele disse "Porque é muito bom ter moralidade quando temos a barriga cheia, o pior é quando não há o que comer".

           A história dele também mexeu com os meus valores, já tinha passado por várias cidades, tido contacto com várias realidades, mas foi como uma epifania, (como sou dramática) foi como um resumo do que eu acreditava e a consciência do que é verdadeiro verdadeiro... se é que isso faz sentido.

             E basicamente era isso que eu tinha a diz no post, bolas porque não inicio o post com rodeios e como climax do texto finalizar como esta memória minha? É que agora nada será tão bom como isto. Bem agora reportando isto para a nossa realidade para que o leitor crie alguma familiaridade com o texto:

               A fuga aos impostos sempre foi coisa que nos correu nas veias, não sei se lhes tiro o chapéu acompanhado de uma vénia, se me apetecer esmurra-lhes a cara; mas agora com a crise e o aumento enorme (Gasparzinho, esta foi para ti, coitadinho o homem até precisa de um soutien para amparar as olheiras) a fuga tem uma "justificação" já não se sussurra, diz-se declaradamente como o pão nosso de cada dia. Lembram-se dos tempos que tudo era controverso, e havia quem fizesse disso bandeira? Onde está quem conteste que se legalize a prostituição? Sempre são mais uns trocos que entram nos cofres..

               E agora vou fazer o que sei fazer melhor, ser parva:

                 Estava eu na Primark olhei para um conjunto de vernizes todos catitas a 2,50€ e toca de meter no saco de compras, chegando a casa deparo-me com as palavras que mais odeio Made in China, e logo eu que ando sempre a dizer não vou aos chineses, porque nos dão cabo da economia e blábláblá
             

      

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