quinta-feira, 18 de março de 2010

A educação

             Ora como prometido, cá vamos nós divagar sobre a educação desta geração infante que nos precede, e não, ainda não é hoje que vou falar mal da "Geração Morangos com Açúcar", que tantos pesadelos me dá.

         Já repararam que agora não há miúdos mal-educados? Eles agora têm uma personalidade forte ou vincada.
         E irrequietos, conhecem algum? Claro que não, eles agora são hiperactivos.


           É verdade termo "mal-educado" é coisa de tempos idos, ou isso ou de pobre, digo em tom de brincadeira é certo, mas ricos mal-educados também não os há, já repararam, eles são mais irreverentes ou rebeldes sem causa,lol.
            Bem, e não esquecendo o tema de hoje, o termo foi substituído por "personalidade" , se a criança faz comentários inconvenientes, actos despropositados, já não tem a mesma denominação, recorre-se a termos pseudo-psicológicos, arranjam-se relações causa-efeito de uma análise de ser trazer por casa ou mesmo nas conversas de café.
           Outra denominação que é recorrente nos pais para se desculparem da falta de acompanhamento aos filhos, é a "hiperactividade". Não se aperceberam ainda do boom de crianças hiperactivas que anda por aí? Eu tenho conhecimento de um monte delas, são por norma, descendência de uma gente mais ou menos formada, que os seus filhos têm de ter pelo menos um ou outro problema, desses novos que até fazem os problemas parecerem giros, como por exemplo défice de atenção. 
          Atenção: não estou de maneira nenhuma a desvalorizar a Psicologia, os paizinhos é que a banalizaram melhor do que eu até á data, educar é diferente de criar; criar, criam-se porcos, educar dá trabalho, e á desistência não se pode apelar a uma ciência qualquer para justificar o ter-se ficado pela rama da educação.
          As criancinhas de hoje não podem provar o sabor, mesmo que ao de leve, da frustração, e por isso há que se comprar tudo o que a criança pede; da tristeza, da decepção,... Lembro que aqui há uns meses, em Seia, na fila de um supermercado ter ficado chocado por uma menina de 8 ou 9 anos ter batido ao (pensei ser) avô, e mais chocada fiquei que depois do avô fazer o que lhe era devido, ou seja, bater de volta, a avó ter dado colinho á menina, não fosse ela chorar.
          Que tipo de geração estamos a formar??? Ou a permitir que se forme???
          Os pais têm de ser pais, e não amigos; e os miúdos precisam de regras

A culpa não é da televisão, da escola, da internet, é da negligencia dos  pais que não acompanham os filhos, que não sabem dizer-lhes "não", até porque isso dá uma dor de cabeça desgraçada.




1 comentário:

Gigantone disse...

Tãoooo....Verdade!!