quinta-feira, 10 de junho de 2010

Bonecos e vedetas... animando

            Ora o post de hoje (sempre quis iniciar assim um post, faz-me parecer uma escritora à séria, daquelas que escrevem diariamente e têm alguém que as segue), fala de desenhos animados. As minhas pequenas (vizinhas) são aficionadas no Disney Channel, e tudo o que passa na programação é sinónimo de um amor instantâneo que se revela na aquisição de tudo o que é merchandising da coisa. 

             A "coisa"  é um aglomerado de vedetas que ainda nem atingiram a maioridade, ao fim e ao cabo, a Disney é uma antevisão da Mtv no que toca a idade, até aos 16 anos podes ficar no Disney, depois segue-se o lusco-fusco até aos 18 anos, que entram na Mtv e lá ficam até aos 27 anos. As minhas crianças não entendem tais factos, elas ainda não sabem como a juventude vende, elas só se querem divertir.

              A visão Disney sobre o mundo é feliz, já no meu tempo o era; ficaram para trás os desenhos parvos do Dragon Ball, e do Pokemon, ou, ainda anterior a isso, o Super Mário (já só vi a repetição). Este desenhos tinham problemas dignos de ser diagnosticados por um batalhão de psiquiatras, o Super Mário bastava-lhe uma clínica de desintoxicação, ele consumia cogumelos mágicos que lhe "davam" super poderes, ou pelo menos pensava ele. O Dragon Ball é digno de qualquer megalómano invejar, daqueles que têm síndrome de Deus, e os Pokemon só um incentivo á exploração animal para fins recreativos.

             Eu sei que a Hanna Montana é um programa chato, mas nós também nunca sabemos o que queremos, ora na altura do Dragon Ball era tudo muito violento, e ouvíamos os nossos pais a comentar que na altura da Heidi e do Marco é que era, hoje dizemos que que esta altura é que é má e alguns acusam mesmo a "coisa" de ser a preparação para mais uma geração "Morangos".  E pergunto eu: E depois? Não foi a juventude dos anos 90 com o grunge? Em que toda a gente andava deprimida e gostava? Não podemos ter uma geração de gente parvamente feliz?

           A televisão não é responsável para educação dos nossos filhos, ou os filhos dos nossos vizinhos. Há um botão fantástico que à decisão de ligar e desligar funciona, e se a televisão determina o que quer que seja no seio do lar de cada um, isso já é outro problema.

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