sexta-feira, 25 de março de 2011

Artur Agostinho

             Não valorizo muito o espectáculo tv, e assim sendo não compro revistas cor-de-rosa que vivem das aparições públicas da vedeta televisiva, da potencial vedeta televisiva, da namorada da vedeta, etc. É coisa que não aprecio, logo não alimento tal "indústria".

               Acaba por ter uma certa ironia, quando chegámos à casa onde estamos agora a morar, não havia televisão, e como de um bem necessário se tratasse, fizemos imensa pressão para que o senhorio arranjasse uma. Sucessivos dias a telefonar para que a dita aparecesse lá no móvel para nos entreter, e quando ela chegou ninguém viu, ninguém ligou... está lá como que de uma exposição de peça decorativa se tratasse.

                Hoje vi num jornal, que no início da semana morreu Artur Agostinho! Se me perguntarem o que vi dele, sinceramente muito pouco ou mesmo nada, sei que por altura dos santos populares a rtp1 exibe uns filmes (dos que marcavam pontos no panorama da altura) e vi o "Leão da Estrela". Desculpem lá a ignorância! O senhor não é bem da nossa geração, e o trabalho que fez na rádio desconheço.

                Artur Agostinho era uma figura simpática, tinha ar de avô paciente e rico em histórias de uma vida preenchida e feliz. A presença de Artur é tão genuinamente honesta e sem pretensões, que no meio (televisivo, pois está claro) é quase surreal, mesmo sem acompanhar tal meio admito que senti alguma simpatia pela figura.



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