Para me redimir do último post, onde falava de ódios de estimação, hoje o post é sobre o meu amor de perdição "the Simpsons", não que vá dizer algo de novo, aliás após 20 anos de emissão, 25 Emmy Awards, já não há muito para dizer de inovador.
The Simpsons é um tema emotivo para mim, em pequena vi, segui, comprei, ri (e sabe-se lá do quê) desta serie de sátira, que a todos nos reporta ao non-sense da sociedade americana (à qual estamos cada vez mais parecidos).
Todos temos dentro de nós um Homer, uma Marjorie, uma Elizabeth, um Bartholomew, e uma Margareth. Ociosos e mesmo assim a fazer dinheiro, para além de nos divertirmos à brava; organizados e tolerantes; completamente parvos; contestatários e idealistas, ou simplesmente passivos e simplesmente geniais; Simpsons somos nós.
E não são só os personagens principais que nos fascinam com as suas aventuras mirabolantes, os restantes personagens dão-nos um cheirinho da nossa própria realidade. Eu tenho um número infindável de bajuladores Milhouse's na minha vida, e de recalcados Moe´s, trabalhadores Apu´s, e mal resolvidos gays Smith´s.
Por mais polémicos que os Simpsons tenham sido catalogados, há uma linha ténue que nunca foi passada, é como se o seu non-sense tivesse um limite, que os que se seguiram não conseguiram fazer. The Family Guy, American Dad roçam o mau carácter do humor, daquele humor que goza com as deficiências físicas e motoras dos outros, sida, pedofilia, ninfomania enfim. Humor é quando todos nos divertimos, todos somos inteligentes para nos rirmos de nós mesmos, e não da nossa dor, ou de nódoas sociais completamente escroques.
Ao fim de tantos anos, episódios, humanizamos tanto os Simpsons que em parte nos simpsonizámos a nós.
Springfield podia ser qualquer cidade, Coimbra, Barcelos, S. Gião, Negrelos, Barrancos, ou mesmo a reles Mortágua. O Homer podia ser o nosso pai, ou o nosso namorado, e há algo mais glamorous que ter o mais imprescindível dos namorados.
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