domingo, 23 de setembro de 2012

Alprozolam + Fluoxetina (ep.1)

        É triste quando tu sabes que tens uma dependência, seja ela de que género for... desde cafeína, a qualquer outro tipo de "ina".

          A prescrição médica de certas drogas, das quais tu precisas, fazem de ti mais seguro quanto à tua dependência, como se fosse aceitável dadas as circunstâncias... mas não é! O aceitável é seres uma pessoa no mínimo segura de ti mesma, que desmoralizes como toda a gente mas que te levantes.

         A minha depressão não foi diagnosticada mais cedo porque eu não recorria a ninguém que me ajudasse, por preconceito da doença mental da sociedade em geral e de mim em particular. As minhas manias e esquisitices sempre foram tomadas como normais, principalmente por mim.

          Eu não gosto que me abracem, que me toquem, que me beijem como qualquer outro preceito social, não gosto que me perguntem como vai a minha vida só por perguntar, se o querem saber façam-no com sentido e sem segundas intenções, não gosto que se sentem perto de mim...

            Não gosto de ter conversas sem propósito, e se as tiver que seja eu a controlá-las, não gosto de falsa modéstia, falsos coitadinhos, de gente armada em interessante, de gente que não se interessa por coisa nenhuma...

             Eu gosto de ser só eu, dá-me menos margem para errar... fico ansiosa com pessoas em volta, mas não tem ataques de ansiedade, lasco o verniz das unhas ando de um lado para o outro, transpiro que me farto, à parte da transpiração tudo o resto é feito com descrição (penso eu)

              Falo sozinha na rua, e quando dou por mim tenho pessoas que me olham com desdém, e privo-me de o fazer para que pararem. Detesto gente ridiculamente feliz, tipo revistas do social, e tenho nervos quando vejo gente que age como se vivesse numa séria de comédia romântica.

(texto enviado, corrigido por mim sem alterações ao conteúdo do mesmo)
                 

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