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domingo, 1 de agosto de 2010

X e Y

            Na minha esfera social, de gente anormal entenda-se, gente normal escasseia por estas bandas (considero mesmo a hipótese de que  isso de gente normal  não passe de mito), há como em todas as esferas sociais comportamentos tipificados. E de todos o que me suscita intriga é o relacionamento amoroso.

                Nem todos os X estão para o Y na harmoniosa relação que julgam estar. Confuso? Passo a explicar, o X e o Y, antes de mais, não têm género, são como indiferenciados quanto ao seu sexo, nem se aplica   particularmente a alguém. Ora quando X e Y se encontram e se dão bem, num mutuo amor de 1ª (2ª  ou mesmo 456ª) vista a coisa é consumada sem grande alarido, mas o que desperta em mim especial fascínio, nesta filosofia de sanita (local onde me encontro), é o desfasamento de perspectiva de X e Y da mesma realidade. Traduzido por miúdos, é quando X pensa que namora com Y, e Y pensa que tem sexo ocasional com X... Entenderam?

               Avante... Experiências há, em que X diz que namora com Y sem que este tenha conhecimento de tal, para ver se "cola", e quando toma conhecimento, Y tem as possíveis reacções:

    1. Foge (ou tenta fugir, o que nem sempre é facil, depende de muitos factores, localização, grau de simpatia que os amigos de Y já têm por X, é muita pressão quando assim é)
    2. "Vamos lá com calma"
    3. "Sim temos qualquer coisa mas namorar!? Pronto por falta de melhor pode ser isso"
          E nisto decorre o 1º estágio da relação, ora para o Y que optou pela 1ª hipótese, nada mais resta a X senão desdenhar Y, e procurar outro Y.
         Para as restantes hipóteses apesar das posturas diferenciarem um pouco, o resultado é o mesmo, enquanto que o X que ouviu a hipótese 2ª tem que fazer mais umas birras até Y ceder, o X que encara uma resposta tipo a hipótese 3ª tem a vida deveras facilitada dada a passividade de Y. Coitado do Y3 (vamos trata-lo assim) quando der por ela já tem uma família nova com sogros, e tios e sobrinhos de X, um mundo novo chegou a ele, sem ele dar conta.
        Com espanto consto que são poucos os Y com coragem para findar a uma situação que não anteveriam. Sem mais rodeios, e porque aqui a ingenuidade cai mal a todos, é claro que o X representa na sua maioria o sexo feminino, por ele ser mais pro-activo nas relações, e também por gostar de se lamentar quando a vida amorosa lhe corre mal.
            Pode ser uma executiva de sucesso, que passa férias no Dubai, compra roupa na Sacoor como se roupa da feira fosse, mas se não tem outra "metade da laranja" como "bonzinho" e não "espectacular" como é de facto. ( Para que conste este tipo de gente rica não consta da minha esfera social, anormal sim, rica não)
              "Metade da Laranja"? Mas para que serve esta alusão a citrinos? Será por as coisas a dois serem agridoces ? Mas para quê metade quando podemos ter várias partes que nos completem?

                 Podemos ter:

  • um cozinheiro que nos tempere o corpo
  • um jardineiro que cultive magia na nossa vida
  • um segurança que nos afaste dos nossos medos
  • um trolha, não me perguntei para quê, mas deve ser bom ter alguém que perceba de um tudo para nos salvar de vez em quando

            Então, para o X que o Y fugiu, não procures mais Y, eles hão-de encontrar-te tens de estar atento.                  
          

sábado, 29 de maio de 2010

"Há alguma coisa que as tuas hormonas me queiram dizer?"

            É cómodo culpar as hormonas de todas as alterações comportamentais, flutuações de humor, irritabilidade, sensibilidade... enfim damos uns nomes bonitos ao feitio torcido que temos com a desculpa das hormonas!!!

            Ora as hormonas são desculpa no período de tensão pré- menstrual, no período menstrual, no período de ovulação... e feitas as contas já temos desculpa para 3 semanas, que podemos dizer tudo o que nos vai na cabeça, berrar, chorar, desmedidamente ....e por vezes em simultâneo, dependendo da liberdade artística de cada uma.

            Confessem lá que não andamos a GOZAR COM A IGNORÂNCIA MASCULINA sobre o assunto? É o que acontece com a categoria mais reles de ignorante, aquela que não sabe é faz gosto em não saber, e até se gaba de tal. Temos de aplaudir a primeira mulher que disse pela primeira vez que a razão pela qual ela estava a ser insuportável eram as hormonas, e agradecer ao homem que aceitou tal desculpa como certa.

           As "hormonas", na mente capta dos homens devem ser como bichinhos microscópicos, na mente já perturbada da mulher, que atacam a paciência que sobra ás mulheres depois de os aturar, consequentemente pouca, e á falta da personalização da "hormona" atacamos qualquer um que nos apareça á frente.

         Muitos serão os homens que estão á espera de um Messias, que há falta de melhor, proponha ás mulheres qualquer indicio visível que as mulheres, não se recusando, usem como forma de sinalização do "ataque hormonal"... e não não estou a falar de um letreiro em néon... uma t-shirt quem sabe!?!

           Como a Mulher não usaria, jamais a mesma t-shirt durante as três semanas, a minha proposta era o Homem usar uma t-shirt que suscitasse a reacção da mulher para a testar sem provocar actos menos próprios como o estalo, choro, histeria, e demais. Ora a t-shirt teria ao centro não o directo: Estás em estado Cabra?, como qualquer um seria capaz de dizer sem grande problema, mas um subtil "Há alguma coisa que as tuas Hormonas me queiram dizer?".

           Assim dada a reacção simpática da mulher, o homem saberia que a vida lhe estava facilitada;  aos maus olhados, ele teria de se preparar para mais um dia difícil da sua existência. Ora o Messias teria de vender as t-shirt's com manual de instruções, ... sim eu tenho a noção de que o manual de instruções é, norma geral, para o produto em causa, mas neste caso seria para o sujeito que suscita a necessidade do produto. 

            Manifesta-te Messias, eu sei que um homem nunca me dará razão, e aceitará os meus concelhos a menos que queira alguma coisa de mim, porque eu até gostava de ser o dito Messias, sair á rua e ver dedos apontados na minha direcção como quem diz: "Foi ela que nos salvou"   

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Vida sedentária numa Cidade da provincia

           A vida na província é boa para pessoas de meia idade viverem os seus momentos felizes da reforma, ou para educar crianças sem stress, agora quando se está na casa dos 20 anos é mau, muito mau. A província por si só não é má, se viver a poucos quilómetros de uma grande cidade (como houvessem grandes cidades no nosso pequeno país). 

           A província é rica em tascos armados em cafés, cafés armados em bares, e bares armados em discotecas. E nesta "armação" pegada, para mal dos que lá vivem e sabem no que constam os conceitos, tudo é mau, muito mau, mesmo pensando no dito bar como café. Como o meio é pequeno, os radares mais desatentos detectam todo o tipo de movimentos, quem socializa com quem, quem vai onde, quem mora onde, quem fode com quem.

         Na província somos todos V.I.P.,  até porque há falta de tema de conversa, fala-se da vida alheia como se de vedetas de revistas cor de rosa fossemos. Não é dotada de vida, e a vida da província somos nós, que engordámos, nos chateámos com alguém, que andamos cabisbaixos,... O Inverno é chato por não nos permitir sair sequer de casa, e o Verão a desilusão ao vermos que não temos onde ir. E damos por nós a fazer expedições do quarto para a sala, da sala para a cozinha, e quando damos por nós já temos mais 5 quilos.

         A televisão passa a ser a porta para um mundo que não entendem os provincianos, e que o adaptam á sua percepção capta das coisas. Aos sábados, quando saiu para tomar o "social" café, depara-me com modelitos dignos de capa de revista, que contextualizados na província roçam ao ridículo. É triste não saborear o anonimato da saída de uma escada de metro, e ser um em centenas, sem ninguém te perguntar nada, sem ninguém reparar em ti a menos que te queira assaltar.

        Não há bela sem "senão", e infelizmente ninguém esta completo sem desconfiar de alguma coisa, ninguém cresce no meio da tranquilidade, felicidade, e os provincianos são parvamente felizes, uma coisa que até enerva!!! Eles não me entendem, estão cheios de pré- ideias que a religião lhes incutiu, e da educação que a mãe lhes ensinou que é a mesma há quatro gerações.

Abaixo a província!!!