quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

(Passatempo)

            (Sim eu sei que os meus tempos mortos são quando o Benfica joga, cá em casa não se morre de tédio, mas fico um pouco desamparada quando o meu fanático de trazer por casa dá mais importância á televisão do que a mim. É que pode cair o prédio que ele não arreda pé do resultado do jogo.)

            Assim cá vou eu delirando mais um pouco, hoje vai ser sobre o mundo intrigante que é o feminino, e igualmente dispendioso. Ora á gaja (vamos tratar assim o abstracto feminino sem qualquer conotação negativa), é-lhe incutido desde sempre que ela tem de ser bela, graciosa e educada, coisas desta sociedade que vive de Máxima, Lux, Cosmopolitan, e semelhantes.

           A boa conduta da gaja passa pelo que tem no roupeiro, ela tem de ter no mínimo 5 pares de jeans, t-shirt's e camisas que lhe permitam troca por 30 dias sem que tenha de repetir a mesma peça, 6 casacos, sapatos que combinem com respectivas malas, lingerie que faça inveja ás outras gajas e sejam o delírio para os do sexo oposto, cascois, cintos, e mais alguma coisita ou outra que me esteja a esquecer. Para os leitores masculinos aqui está a justificação por que a gaja gosta de saldos.

           Toda a gaja tem no seu quarto uma coisa que a americanice chama de vanity, ora a vanity é um móvel onde a gaja guarda todo o tipo de apetrechos, que superam em quantidade o número de ornamentos da maior árvore de natal do mundo, ora nela estão brincos, colares, pins, crachás, broches, necessaires, pulseiras, coisas que nem ela sabe bem para o que servem, enfim (f)utilidades.         

          Na casa de banho, erradamente, e eu também o faço, guarda tudo o que é cosmética, higiene, e outras coisinhas mais. Para além do que é comum a todo o restante ser humano que zele pela sua higiene pessoal e olfacto alheio, a gaja tem em dobro, passo a explicar, a gaja tem dois tipos de champô, um para quando o cabelo está oleoso e outro para quando o dito se encontra mais danificado pelo excesso de produtos que lhe põe. É claro que isto também se reporta para os amaciadores (ou condicionadores como agora está na moda). A gaja tem sempre mais que um sabonete ou gel de banho, dependendo do sua preferência, um para o dia-a-dia e outro para ocasiões especiais, que traduzido por miúdos, é quando vai ter com o ser companheiro (a), temos de prever a comunidade lésbica cada vez mais desinibida (e ainda bem).

            Também na casa de banho temos cosmética, o básico para a gaja é relativo, por não chegar a se-lo na verdadeira acessão da palavra, ou seja dois batons, duas bases, uma creme primário para a maquilhagem, duas ou três paletes de sombras, todos os pinceis a que tem direito para a devida aplicação, blushes (2 ou três), um bronzer, 2 rimeis, delineadores de olhos que combinei com as sombras que aplicam,... Sim isto é o básico.

            Dita a sociedade de aparências que a gaja tem de ter uma pele hidratada, ora a gaja leva a coisa muito a peito, assim, para além de exfoliantes (corporais e faciais), ela tem de ter também um creme hidratante de noite outro de dia, dois ou três para o corpo, mais as variantes de cremes para zonas mais secas do seu corpo como cotovelos, e joelhos.

            Em comunidade, á gaja não lhe são permitidas quaisquer manifestações naturais do mais primário que é o corpo humano, a gaja não pode, como o gajo, arrotar em público, peidar-se (mas isso nem na intimidade do lar), coçar os tomates (mas também não os tem, mal menor da nossa existência), cuspir, escarrar (eu pessoalmente nem sei fazer isso), coçar alguma parte do corpo, sim nós também temos comichão no cu (sim leram bem, no cu, não palavra bonita mas é que temos).

           A gaja, perdoa o gajo por não estar apresentável, mas não perdoa a outra gaja por estar mal arranjada, faz mesmo disso tema de conversa (que perda de tempo). E para essas gajas é isto que recomendo:






         

1 comentário:

Pinipon disse...

aquilo que eu tenho a dizer ácerca da imagem é: come to mama...